terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Piada sem graça

A mídia (veja exemplos aqui) resolveu alcunhar a piada de Robin Williams de "mau gosto", feita no 'Late Show' estadunidense, acerca de um suposto "suborno" do Rio de Janeiro para ser sede das Olímpiadas de 2016.
Apesar de ser um ferrenho crítico da imprensa global, devo concordar que a piada é, de fato, de mau gosto.
Afinal, todos sabem que Banana´s Land não exporta 'strippers', mas outro tipo de profissional de uma área mais especializada, e que apenas 1/2 Kg de cocaína não compraria ninguém.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Saudades?

Já teve saudades de uma coisa que não deu certo?
Um emprego que você perdeu, ou não quis?
Uma viagem que você não fez? Ou que foi uma droga?
E de alguém? Ah...
As saudades dos “alguéns” é que são elas. E é delas que falo.
E não é saudades dos amigos que a gente perde.
Estou falando daquelas saudades daquela pessoa que te arrasou o coração; ou que você deixou em pedaços.
E, entendam, não é aquela saudade imediata pós-perda, que é absolutamente normal.
É uma saudade que vem assim quando você já se recuperou, superou e, até mesmo, esqueceu totalmente o fatídico indivíduo, ou o quão derradeira foste tu.
Você está lá, jogando videogame, penteando o cabelo ou fazendo um Recurso Especial e, de repente, bam! Aquela pessoa te vem à mente e junto vem uma saudade. Mesmo que você não a queira ver pintada nem de ouro. Nem se ela vier te trazer os muitos milhões acumulados da mega sena.
Mas, a saudade está lá, inegável, inafastável, inexplicável.
Você fuça uns e-mails antigos. Procura uma fotografia para lembrar direito como era o sujeito.
Às vezes fica até tentando entender o porquê você estava mesmo tão apaixonada. Ou porque achava que estava.
De vez em quando eu tenho essas coisas... Essas saudades.
É até estranho dizer que é saudade, porque se eu sinto falta da minha irmã, por exemplo, eu quero vê-la, ouvir sua voz, brincar com os seus cabelos cacheados, sentar e tomar uma cerveja para ver o tempo passar. Sabe? Aquela coisa da necessidade da presença da pessoa, para te apaziguar a alma.
Agora, essas outras saudades... São estranhas. Não quero ver as pessoas, ouvir as suas vozes, saber que cheiro elas têm agora. Às vezes, na verdade, nem sequer saber se estão vivas.
É uma saudade que não é pessoal.
Já pensei que podia ser, na verdade, uma saudade de algo e não de alguém. Uma falta de uma situação vivida, de um momento, em que aquela pessoa, por acaso amoroso, estivesse envolvida.
Ah, sim, é claro que estas saudades existem. Mas, não é este o caso.
Estou falando de outra coisa. Como, de repente, você lembra que fulano era legal, cantava bem, tinha uma risada engraçada... Sei lá, destas coisas que são intrínsecas a uma pessoa, mas que não são necessariamente definidoras do caráter e da personalidade dela... Antes, são quase como conseqüência do que ela é.
É como se algum deles, um dia, lembrasse de como eu sou descabelada, e sentisse falta disso. Umas saudades da minha pessoa despenteada.
E nem é uma saudades lamentosa. Do tipo “ah, fulano não está mais aqui”. Não, nada disso.
Não quero outra pessoa ao meu lado, a não ser a que está.
É só uma coisa assim, sabe?
Como quando você acabou de comer uma coisa muito gostosa, que você adora, e aí lembra do gosto.
Ou quando você boceja depois de ter dormido bem demais.
Não te dá vontade, porque você está satisfeito, mas, você sente... Saudades?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Marcelinho xingado em Palestra Itália!!

Vídeo do anúncio de Marcelinho Carioca, no jogo Palmeiras X Santo André, em 18/07/2009 no Palestra Itália.

Durante o jogo, o cidadão não podia relar na bola, que já era alvo daquelas palavras impublicáveis num blog sério e respeitoso como esse...

Bjs!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Liso que te quero liso...

Ao contrário de minha amiga Karla eu simplesmente amo escova, posso dizer até que mantenho com ela uma relação sado-mazô.
Este ano, meu relacionamento com a escova completa 18 anos. Eu tinha 10 quando me recusei a prestigiar a apresentação de ballet de uma amiga por causa do meu cabelo que não é nem liso, nem enrolado, mas é muito, muito armado. Neste dia, minha mãe me mandou ao cabeleireiro Elvis, era vizinho de casa e lá ele me fez uma escova, daí, quando eu senti os meus cabelos balançando... eu me emociono só de pensar... percebi que aquele era o cabelo que eu queria ter para sempre
Os tempo passou e grande parte da minha mesada foi gasta no cabeleireiro, com escova sempre que possível, até que eu entrei na faculdade e lá conheci a Nice, minha amiga cabeleireira, as pessoas custavam a acreditar que eu atravessava a cidade todo santo sábado só para fazer escova de graça, quer dizer, de graça não, na permuta, eu emprestava a ela os textos da faculdade, ajudava estudar e em troca ela me deixava com o cabelo que eu mereço ter.
Foi em 2005 que minha vida sofreu uma importante mudança, minha primeira escova progressiva, dinheiro juntado de quase um ano inteiro mais o presente de natal do nono e um cheiro insuportável que quase me levaram a dormir na sacada do apartamento, mas o resultado, ah o resultado... Quando eu lavei o cabelo, sequei e ele continuou voltando depois de ser jogado para trás, balançando, as presilhas escorregando cabeça abaixo e a franja atrapalhando a leitura me fizeram compreender porque a propaganda diz que existem coisas que o dinheiro não compra.
Em alguns anos a progressiva se popularizou bastante para o bem e para o mal, a ANVISA meteu o bedelho onde não devia, “regulamentou” a fórmula que perdeu grande parte do seu poder, mas mesmo assim continua sendo indispensável em minha vida, é uma despesa fixa, a cada três meses lá estou eu passando a manhã ou a tarde no salão da Cássia.
Bem, mesmo com o advento da progressiva, eu preciso dizer que nada, nada mesmo substitui uma escova daquelas, onde o cabeleireiro puxa até a sua alma e coloca aquele ar quente no seu cabelo depois de lhe ter proporcionado um momento ímpar no lavatório e quando você pensa: “porque eu me submeto a isso” vem a resposta no espelho, um cabelo lindo brilhoso, liso e que te faz sentir absoluta.



P.S.: Tem uma enquete aí onde estão perguntando sobre os próximos nubentes, gente do céu, parece que Karla e eu nos casaremos, porém isso não procede, eu sou apenas solteirona e não sapatão..

A primeira vez...

... a gente nunca esquece.
É verdade. Eu lembro da minha vividamente. Era uma tarde de domingo, num dia paulistano típico. Uma garoa gelada e fina atormentava e não dava ânimo para nada.
Mas, eu estava ansiosa! Levantei cedo, tomei banho, pus a minha roupa preferida e fiquei esperando... parecia que a hora não chegava nunca!
Ansiosa, de tempos em tempos eu perguntava ao meu primo, que já tinha experiência, como era, se era legal, se ele tinha gostado, se ele achava que gostaria.
Ele fazia cara de mistério e não respondia muita coisa. Dizia para eu ter paciência e esperar.
Paciência e espera! Até parece! Depois de tanto tempo esperando por aquele dia, eu estava quase gritando “pelo amor de Deus, vamos logo”!
Enfim, a hora chegou. Meu pai e meus tios, cheios de cerimônia, vieram me dar as instruções necessárias: “pode isso, não pode aquilo; nada de fazer isso ou aquilo. Lembre-se que você é uma mocinha...” Eu engolia as palavras, gravando-as, uma a uma, para que nada desse errado.
No caminho, enquanto meu pai guiava e meus tios conversavam, eu olhava pela janela e imaginava... como seria. Ou se as pessoas que caminhavam calmamente lá fora sabiam o quanto eu esperara... o quão ansiosa e feliz eu estava.
Finalmente, chegamos ao nosso destino. Eu desci do carro e enquanto meu pai me levava pela mão, eu admirava estarrecida...
Confesso que me assustei um pouco. Talvez se meu pai e tios não estivessem ali, eu tivesse desistido.
Mas, olhei em volta, e as outras pessoas pareciam felizes. Riam, cantavam, se abraçavam.
Meu pai me levou até a entrada e me disse para ir tranqüila, que ele me encontraria mais tarde. Meus tios sorriram e bagunçaram meus cabelos numa demonstração desajeitada de afeto e apoio, dizendo que já me encontrariam.
Eu fui. O primeiro passo meio inseguro. Uma moça, de vermelho, sorriu para mim. Eu sorri de volta. Respirei fundo, e entrei.
Eu nunca imaginei que fosse tão grande! Sempre fui miúda e, então, me sentia ainda menor.
Mas, era fantástico! Esqueci a garoa, os homens ao redor, e fiquei parada, sem saber direito o que fazer, olhando encantada.
Estava já em transe, quando senti alguém tocar em mim.
Era meu pai, que apontava e explicava: “Viu? Ali do lado do gramado ficam as entradas para o vestiário, os bancos das equipes...”.
Meu tio perguntou se eu queria amendoim, ou refrigerante. Não, não queria nada! Estava tão feliz de estar num estádio, vendo um jogo de futebol, ao vivo e a cores que dispensei as guloseimas.
Foi a minha primeira vez. O Corínthians jogava com o Internacional de Porto Alegre, no Morumbi, pelo campeonato brasileiro, em 1989, e ganhou de 1X0.
Eu lembro vivamente dos meus tios (um corinthiano e outro colorado) discutindo e brincando; da torcida do Inter (pois assistimos na bancada dos gaúchos) xingando; a bagunça na saída do estádio.
Eu tinha onze anos, e foi a minha primeira vez no estádio.
Eu nunca esqueço.


(Este texto é uma homenagem a todos aqueles que se emocionaram na sua primeira vez e nunca a esqueceram. É em homenagem a Paty que, ontem, teve a sua primeira vez, no inigualável Cícero Pompeu de Toledo e assistiu, feliz, o seu – e o meu – time do coração meter 3 X 1 no Goiás).

Reclamação da Reclamação

Pessoal, segue abaixo o teor de uma reclamação que eu fiz à Lupo S/A, acerca de uma meia furada:

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer o pronto atendimento que tive no momento em que entrei em contato com esta respectiva empresa. Agradeço pelo fato de a mesma se colocar à disposição para resolver o meu problema, aparentemente inofensivo, mas que me causou grande transtorno.
Em junho/2009 eu adquiri uma meia calça CÓDIGO 5024-01, PRETA, TAMANHO EG, nas lojas Marisa S/A, que eu iria usar num evento especial, e estava bastante frio. Iria precisar das meias, óbvio. Sai de Mauá, região da grande SP, e fomos destino ao casamento, em Jundiaí, interior de SP, e na bagagem estava ela, a meia.
Não obstante, no momento de tirá-la do pacote (cometi o incrível erro de não checar, antes de sair de casa, se a meia estava em perfeitas condições, confiei de que estaria tudo sob controle), e vi que havia um furo enorme em um dos pés, assim que o calcei. Meu Deus! E agora? O casamento será em menos de 1 hora, como arrumar uma meia, de última hora?
Coisas do instinto, da natureza, exagero feminino, não há explicação racional. Mas, por sorte, tinha levado outra meia, menos grossa, só pra prevenir, vai que resolvesse esquentar, eu usaria a meia mais leve.
Resultado: fui ao evento com as meias que eu tinha levado de reserva, não passei vergonha, mas passei um enorme frio.
Chegando no hotel, depois da festa, fui apurar o que havia ocorrido com a meia; afinal de contas, eu não havia tirado-a do pacote antes, por que raios estava furada, não era nem desfiada...Vi, com mais calma, que o outro pé também estava com o mesmo furo, então procurei examinar a embalagem, e matei a charada: a loja, ao colocar aqueles alarmes antifurto, acabou por furar a linda meia, e eu fiquei com um lindo rombo nos pés da meia.
Liguei no SAC da Lupo dia 31/07/09, falei com Rosangela, pedi orientação, pois não sabia se reclamava para a loja, que provocou o furo, ou para a fabricante, que produz a meia. Rosangela informou-me que iria enviar um novo produto, anotou meu nome, endereço, os dados do produto, pediu desculpas em nome da empresa, e informou que iria solicitar para que o setor responsável informasse à revendedora que tomasse mais cuidado nesse tipo de manejo, afinal de contas um pouco mais de atenção evitaria todo o transtorno relatado acima.
Muito bem. Dia 07/08/2009 chegou uma correspondência da Lupo em minha residência. Já presumi que era a reposição da minha querida meia. Que ótimo! O frio já passou, mas mesmo assim quando quiser, posso usar minha meia novamente.
Ao abrir o pacote, que frustração...Veio um Body Manga Longa, tamanho M (gente, eu sou gigante!), código 47050-01 preto, lindo, mas que não entra nem no meu pensamento!!
Não sei se ele é mais caro, se é mais barato que a meia, isso nem me interessa. O que me interessa, é que eu SÓ QUERO MINHA MEIA!!! Aquela que eu fui à loja e comprei, feliz e contente!
Enfim...hoje eu estou sem meia (pq ela acabou de chegar para vocês) e sem body, porque arrebentei o lacre, para me iludir e imaginar que ele serviria em mim, e acabei doando-o para uma amiga, bem mais magrinha, baixa e esguia do que eu.
Pergunto-lhes, caríssimos: meu caso tem solução? Será que posso ter esperança de, um dia, vestir minha tão sonhada meia, ou deixo tudo isso pra lá, deleto a marca Lupo da minha cabeça (vejam: meu marido SÓ usa cuecas boxer Lupo) e procuro outro fabricante, e compro também em outra loja, pois assim não corro o risco de comprar um produto furado, e ao solicitar a reposição, ser outra furada?

Enfim...se quiserem conversar comigo sobre essa reclamação da reclamação, estou a disposição através dos seguintes canais:
m-franca@superig.com.br
11 4545-xxxx
11 8582-xxxx


...postei a carta hoje, tô aguardando a resposta. Assim que eu tiver novidades, posto no blog...

Bjos e bjas a todos e todas!

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ELEGÂNCIA PERMEÁVEL

A minha chefe me avisou na sexta-feira que o cliente com quem teríamos reunião na segunda-feira era todo melindroso. Super mega milionário, não viria ao escritório, nós iríamos à casa dele. E, dizia a lenda, que era do tipo que se via um fio de cabelo fora de lugar, não deixava a pessoa entrar em sua humilde residência.
Isso não foi uma indireta. Foi uma direta no queixo. Descabelada profissional que eu sou, a observação só podia dizer uma coisa: dome esta juba, pelo amor de Deus.
Diz a minha vó que manda quem pode, obedece quem tem juízo. O meu é intermitente, mas calhou que segunda-feira, o dia da tal reunião, ele estava na função.
Daí que acordei uma hora e meia mais cedo do que o costume e fui ao calvário... digo, ao cabeleireiro.Puxa, repuxa e vapora e pronto, uma hora depois, eu saía do salão com as unhas lindas e feitas, à francesinha, e a cabeleira castanha imensa mais esticada que defunto, pelo meio das costas.
Eu odeio fazer escova, mas, dou a mão à palmatória, depois da tortura, a Juma Marruá que mora em mim ficou linda!
Resolvido, ou esticado, o maior dos meus problemas, vinha a questão da roupinha de reunião-com-cliente-mega-ultra-milionário-mais-cheio-de-onda-que-o-meu-cabelo.
Oh, dilema! Amanheceu um frio do inferno (nada me convence que faça calor por lá) e o traje que eu tinha em mente tornou-se proibitório, a não ser que eu tivesse pretensão de adquirir a coloração roxo hipotermia; a lavanderia atrasou a entrega de novo, e eu não tinha nada de muito decente e quente para usar.
Depois de vários questionamentos ao armário aberto de par em par, lembrei de um taierzinho de lã que herdei de mamãe. Mescladinho de cinza, um paletozinho estilo amazona, saia um pouco acima do joelho, sem chegar a ser curta... estava super na moda nos anos 80, quando ela comprou... o que equivale a dizer que está in de novo.
Desenterrei o dito cujo, dei uma checada no estado do coitado e conclui que ele estava utilizável. Vesti-me, fiz uma maquiagem básica, calcei um scarpin lindo de morrer (e de matar os pobres dedos dos pés) e saí, feliz e elegantérrima, para o trabalho.
Nem a garoa insistente estragou o meu humor! Meu cabelo estava escovado e eu tinha um guarda-chuva!
Embora eu more próximo à Paulista, onde engravatados e arrumadinhos em geral não sejam de se estranhar, eu estava chamando atenção na rua.
Quando cheguei ao cruzamento da Paulista com a Consolação, fui obrigada a esperar o semáforo abrir no canteiro dos pontos de ônibus. Mal pus os pés ali, reparei em duas poças d’águas, uma às minhas costas e outra na minha frente.
Para evitar maiores desastres, e enquanto o pessoal do ponto de ônibus me assistia, fiz todo um cálculo aritmético e me posicionei de uma forma que se a poça respingasse não me acertasse.
Passou um ônibus à minha frente e eu sobrevivi, nem uma gota d’água me acertou. O mesmo às minhas costas.
Respirei, e quando armava um sorriso satisfeito por ter escapado incólume às poças d’águas, um FILHO DA PUTA DE UM TAXISTA, achando que estava correndo as 500 milhas de Indianápolis, passou voando pela poça d’água e me deu um banho!
Pude ver a cara das pessoas no ponto de ônibus e juro que cheguei a ouvir um “puuuuuuuuuuuxa, que merda”.
O semáforo tinha fechado de novo e segurado o sujeito infeliz que me molhara. Fui até a janela do cabra, pingando, bati no vidro, e quando ele abaixou, xinguei: FILHO DA PUTA, FILHO DA PUTA, FILHO DA PUTA, em alto e bom som! FILHO DA PUTAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!
O homem não reagiu. Ou o choque de uma moça toda arrumada, xingando como um estivador, lhe causou um mini AVC; ou ele ficou surdo.
Minha elegância, definitivamente, não é impermeável.
(Obs: ah, a reunião... pois é, o cara cancelou! Raiva!)
(by: Karla)